sexta-feira, 12 de dezembro de 2014


                                                   Ébola


Ébola é o nome comum dado à doença rara mas mortal (letalidade de 25% a 90%) causada pela infeção por vírus Ébola. O vírus é da família dos Filoviridae e é uma das causas de febres hemorrágicas virais. Tem 5 estirpes, conhecidas pelo local onde o vírus foi descoberto pela primeira vez (Zaire ebolavirus, Sudan ebolavirus, Tai Forest ebolavirus, Bundibugyo ebolavirus e Reston ebolavirus.




O vírus Ébola encontra-se em alguns países africanos em reservatórios naturais, e foi descoberto pela primeira vez em 1976 no antigo Zaire (atual República Democrática do Congo) perto do rio Ébola ao qual se deve o seu nome.

Desde então, foram detetados alguns surtos na África Subsariana. A epidemia de 2014 na África Ocidental é a maior já registada deste vírus tendo causado 4877 mortes e 9936 doentes até 19 de Outubro de 2014. Os países afetados, com transmissão disseminada, são de momento a Serra Leoa, a Guiné-Conacri e a Libéria. Em simultâneo decorre um surto não relacionado, na República Democrática do Congo (província Equateur).






A transmissão da doença por exposição primária acontece numa zona endémica do vírus Ébola e tudo indicia que os morcegos da fruta (Pteropodidae) serão o reservatório natural do vírus. Pensa-se que os primatas podem ser infetados através da ingestão de frutos contaminados pelo vírus Ébola (contaminação através da saliva de morcegos).

Depois de infetados, ocorre uma multiplicação rápida do vírus nos primatas não humanos que, se não for acompanhada por uma resposta capaz do sistema imunitário, poderá ser mortal. A partir de primatas e/ou de outras espécies de animais infetados, pode verificar-se transmissão ao ser humano.





O risco de transmissão do Ébola na Europa é extremamente baixo. A capacidade de detetar e confirmar casos de vírus Ébola na União Europeia (UE) é considerada suficiente para interromper possíveis transmissões locais da doença.

Um caso importado na Europa é possível, dado que o surto continua na África Ocidental. Não pode ser afastada a hipótese de um caso importado, antes de saber que tem Ébola, infetar um contacto próximo durante a fase inicial da doença.

À medida que o surto continua a espalhar-se, é provável que mais cidadãos da UE envolvidos na resposta ao surto tenham de ser evacuados medicamente para a UE.

O risco do Ébola se propagar à Europa, como resultado de uma evacuação médica planeada, é extremamente baixo, devido às precauções tomadas durante a evacuação e aos elevados níveis de controlo da infeção na Europa.

O risco de ficar infetado por contactos casuais nos países afetados é baixo se as precauções básicas forem estritamente seguidas, tal como evitar o contacto com doentes que apresentem sintomas ou com cadáveres e respetivos fluidos orgânicos.


Fonte: Página oficial do ECDC


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